segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Escorpião Belchior. Ou Belchior, o mensageiro de Plutão... ou Hades Belchior. Um impulso.

Alguns sinais me forçam a escrever isto. Entre eles estão alguns dias sem conseguir, por razões objetivas e subjetivas, ouvir outra coisa que não seja Belchior. Me sinto mais governado do que o  contrário, o momento como um todo é profundamente isso, e isso; isso tem relação direta com Escorpião e Plutão. Em meio a isso, me vi obrigado a pesquisar astrologicamente sobre ele, ele Belchior. Encontrei um Sol em Escorpião, encontrei Lua, Marte, Mercúrio, todos em Escorpião. Isso não é pouco, não é nem um pouco pouco. São todos os planetas pessoais, aqueles que dão as características mais individuais de cada. Um, de cada todos. Busquei o mapa completo de Belchior, não encontrei, nada mais que a data de nascimento. Apesar da falta do ascendente e do posicionamento das casas, nada poderia alterar a natureza violentamente escorpiniana de Belchior.

Não me desculpe, eu vou escrevendo em meio ao caos, o momento é escorpiniano mesmo, não consigo governá-lo bem, me saí bem nisso no primeiro parágrafo, mas não era o que fluía, então me saí mal, mas sei que preciso transbordar isso, talvez com um pouco de calma, talvez tentando explicar, Escorpião é morte:, é regeneração. É profundidade, é dor, é sensibilidade máxima que arranca o velho com toda a força para que o novo venha de baixo! É o invisível, mas sensível. É a energia de Escorpião e Plutão, irmãs, similares, signo-planeta regente. Plutão, o equivalente romano a Hades, deus do Inferno, mas Inferno profundezas de novo, é o que está soterrado, abaixo, mas que vem à tona. É o que emerge sem pedir, estraçalhando as resistências (nossas, à mudança), é inconsciente, é pus, é crise, ferroada que limpa. Escorpião-Plutão mata e dá à luz. A sensação é de que, pra quem já ouviu Belchior um pouco, não é preciso, ambiguamente preciso, estabelecer a conexão, ela já está estabelecida tão por si, tão por si.....! Falo a verdade, o que sinto agora é uma extrema incapacidade, um coração batendo forte querendo gritar essa ligação, esse cordão umbilical que eu apalpo, essa verdade, falo a verdade, a verbalização dessa coisa que está sub, e que quer voar multicolorida enfim. Enfim . enfim.
Morte, morte, morte, Belchior não pára de falar em morte. Mas a morte é tão absurdamente escorpiniana que ela aparece como algo que não é fim, apesar de carregar toda a dor, toda a sua angústia densa negra e púrpura:, “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, que coisa maravilhosa!, um dos sinais que recebi pra escrever isto foi, além de perceber o momento escorpiniano como um todo, foi ser colocado, voz passiva, sendo governado, diante de um vidro cheio de escorpiões mortos, cheio dágua,  meu deus, não é possível, escorpião, signo de água, morte, como pode. Que coisa maravilhosa. “Meu corpo que cai do oitavo andar”, “mate-me logo, à tarde, às três, que à noite eu tenho um compromisso e não posso faltar”, escorpiniano, é verdade, parece pessimista, é a crise dentro dele, não falta isso em Belchior também, rapaz latino-americano que não tem um amigo sequer e a vida realmente quer dizer a vida é muito pior. A morte não é definitiva também em não levar flores para a cova do inimigo, aqui se percebe também a revanche, Plutão também como colhe-se o que se planta, pode fazer renascer  um mal antigo, eu não vou relacionar tanto, nem tudo tão explícito, deixar esses espaços vazios vai ser bom, pra que cada quem exercite essa compreensão sistêmica que é o fundamental, que é o fundamental...

Morte, aprendizado pela dor, morte e regeneração. O aprendizado é como morrer e regenerar-se para escorpião, sair mais forte de cada crise, esse é o espírito. Recentemente, eu posso meee. Considerar um sujeito de sorte. Pois apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte. E tenho comigo pensado, deus é brasileiro e anda do meu lado. E assim já não posso morrer no ano passado. Tenho sangrado demais. Tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri. Mas esse ano eu não morro. Fala por si, que merda essa sensação de que tudo fala por si que leva a uma ausência de argumentação, mas se ela é mesmo, desnecessária, que merda boa.. Ferida, dentro, dor, morte, aprendizado, regeneração. Como se argumenta um sentimento? Tem uma que fala do velho e do novo. O que transforma o velho no novo bendito fruto do povo será!, e aqui entra a subversão, não poderia haver palavra mais escorpinianamente adequada, com raiz plutoniana!, pancada. Pancada. Picada. Punhalada. O que pode ser mais profundo do que? Picada, punhalada, Belchior quer ferir, apunhalar, picar envenenando quando canta e quando antes, desde que cria. Eu quero é que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês já seria o bastante, e eu não posso cantar como convém sem querer ferir ninguém, as ligações são tantas que a cabeça ferve, ferve, e o coração bate mais rápido do que a cabeça gira, isso não é pretensão, é sensação, isso não é sensação, é sentimento. Ponto. Ponto. Ponto...

Escorpião é todo isso, Belchior é todo isso, essa energia, borbulhando no gê, essa água profunda, ou esse fogo profundo, já que o regente noturno é sim Marte, e quem sentir essa água, esse fogo, sente nele, eu tenho certeza, e aqui, aqui eu acho que não há argumentos de novo, só essa insistência, que também é densa de onde vem. Desesperadamente, a palo seco, e pela dor eu aprendi, fotografia, a sacada do desnorteado, sons palavras são navalhas, que absurdo!, precisamos todos rejuvenescer, regenerar, tudo muda, tudo muda, mudança, passado, presente, subversão, aprendi com a noite fria a amar mais o meu dia, etc., as relações não têm fim, mas o importante era provar, mesmo sem argumento, por pura insistência, é bem vontade que com a hora apareça terra, os olhos abertos, amar mudar as coisas interessa mais, concreto, real, delírio com coisas reais.

Faltam as condições para a revisão, faltam as condições para saber mesmo que a revisão seria necessária, antes agora do que nunca, Talvez alguém pense que eu dirigi tudo, escolhi as características escorpinianas, talvez eu dirigi o  Belchior pra que ele fosse, o ceticismo é foda, mas se a pessoa não tiver sentido até agora continuará sem sentir, continuará sem sentido, não tem jeito. Esse texto é mais essa ânsia, ele é sobretudo uma ânsia, eu sou como você, eu sou como você!:

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O que importa e o que não tem controle é esse fogo que queima, que arde e que queima, independente de mim.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

No sertão, o que dá é palavra. Ela encontra boca fértil, com céu de sol, nuvem, tudo, e cresce; floresce. O sertanejo fala ela pela raiz, ou talvez não; talvez o que ele fala é semente? Vem de mais antes fala dele, coisa original. É primeira forma que vontade toma quando pinga. A palavra gosta. Se sente preservada.

Aqui, essa palavra fabricada, esse fruto transgênico: todo sertanejo não é poeta.