sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

“Você devia voltar a escrever” – ela disse. No filme, ela disse para a outra, você devia voltar a escrever, logo após eu lembrar que era eu quem devia voltar a escrever, talvez aproveitando o momento, talvez para se afastar um pouco, talvez por essa conjunção de planetas em signo de ar – Não. ... Devo não escrever nada há séculos. não, mais do que séculos, uns 6 anos. Ou  4. Sempre confundo tudo que é 6 com o que é 4, e vice-versa. E um problema, um problema é que não seria assim que eu iniciaria o texto, eu já tinha pensado, pensei que deveria voltar a escrever – antes mesmo do que a mulher diria no filme sobre Beauvoir ou França ou algo assim – começando pela formiga. Que formiga? A que eu sou. Por quê, por que trabalha muito? Não, você não sabe que eu sou preguiçoso? Ah, sim, é verdade. Formiga por que se sente pequeno? Sim, eu me sinto pequeno, às vezes parece até que dentro de mim eu não cresci, acho que vou sempre me ver como criança, é como se o meu espelho, o meu espelho mental, quando falam em auto-imagem você não lembra disso?, espelho mental. Meu espelho mental mantém uma idade constante, tipo 4, quer dizer, tipo 6. Ou 8. Uma mistura de 6 com 8 e 12. Sem 4.  Mas não, não é por isso que eu sou a formiga, vê como ela anda. Como? Ela não tem a menor ideia de aonde está indo, veja só, para um lado e para o outro, volta, vira de novo, passa muito tempo no mesmo lugar mas se movimentando. Ah, sim, é essa parte, essa parte que parece com Por quê?, você acha que eu rodo rodo e não saio do lugar na vida?, Não, Mas é esse trecho, sim, não na vida, mas na cabeça. E um pouco na vida, consequentemente. Mas só consequentemente, é como se minha cabeça não parasse de funcionar, de se movimentar, de seguir essa substância... Como é o nome da substância que as formigas seguem, que uma deixa para a outra? Ferricitina? Não é ferritina?, não, ferritina é aquele exame que eu tenho que fazer mas nunca consigo por causa das 4 horas de jejum, 6. Acho que são 8... Veja aí no Google quantas horas são. Não, não, veja aí no Google qual o nome da substância que minha mente, quer dizer, as formigas, como seria bom se o Google mostrasse a substância que minha mente segue, não, seria bom se mostrasse a substância que minha mente procura! Que segue não... Com o mínimo de resultados de busca possível. Acho que são respostas, ou simplesmente paz, sossego, ausência de problemas, de coisas a resolver, de doces a serem encontrados pela casa para serem levados de volta ao formigueiro e devorados pela elite, rainha. Nada a ver, feromônio. Puts, sério?, feromônio?, caramba, passou muito longe, brother... Passou, parece que tua mente nesse caso perdeu a trilha, perdeu o feromônio, Não, essa foi forçada, Verdade, também achei mas resolvi tentar. Pois tenta aí pensar na substância que minha mente procura, dá um nome para ela. Tu já deu, respostas, paz, sossego, ausência de problemas. É verdade, já encontrei, mas eu queria dar um nome, um nome-síntese, um nome que articulasse tudo isso e elevasse esse conjunto fragmentando em algo sólido uno, que o elevasse a um patamar superior, o que poderia ser? Mentomônio? Não, não, claro que não... Aí é o que segue, e não procura... Deixa pra lá, minha cabeça já tá formigando atrás de mais essa resposta, paz, sossego, ausência de problemas. O doce não seria já a paz, e não o problema? Sim, e quando eu disse o contrário?, Você é muito chato quando fuma.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pare pra pensar sobre a palavra "desenvolvimento", veja como é interessante esse novelo que vai seguindo, seguindo, até.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uma lua nova com jeito de lua cheia.
nada é por acaso  nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso nada é por acaso tudo é por acaso.